sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

IX Encontro de Formação Continuada dos Incentivadores da Palavra de Nova Iguaçu

 
No dia 30 de novembro deste ano aconteceu o IX Encontro de Formação Continuada dos Incentivadores da Palavra de Nova Iguaçu, como parte do Projeto: Literatura e Africanidades.O evento contou com a presença da Secretária de Educação Dilcéia Quintela e do secretário adjunto pedagógico, Reginaldo Bastos Cruz. 
Os Incentivadores da Palavra puderam expor as atividades produzidas pelas escolas sobre as africanidades presentes em nossa literatura e , conforme combinado conhecer as cinco melhores histórias de vida de moradores do bairro que se relacionem à temática.


O encontro contou com a particiapação especial de Júlio Emílio Braz,autor de obras da Literatura Infanto-Juvenil,com temas que valorizam  a cultura afro. Ele contribui de forma importante trazendo relatos de sua história de vida para todos os presentes e em especial para todos os que participaram do concurso: Literatura e Africanidades II – Memórias de vida.


As escolas participaram levando muitas atividades que revelam com muita delicadeza o trabalho apaixonante que os Incentivadores da Palavra estão desenvolvendo com os nossos alunos.
A exposição mostrou a dedicação e o compromisso na busca constante da aproximação dos alunos com o universo literário,ressaltando o uso da Palavra em suas dimensões: fala, escuta, leitura e escrita.Permitindo-se assim a formação plena de leitores/escritores.


Confira as fotos dos trabalhos da exposição:

 







domingo, 28 de novembro de 2010

Africanidades na Escola

Durante o mês de novembro a Escola Municipal Guinle desenvolveu várias atividades com o tema Africanidades.
Nas oficinas de Incentivo à Palavra, realizadas pela professora Fabrícia foram desenvolvidos trabalhos que valorizassem a arte, cultura e literatura da África, enfatizando-se suas fortes influências em nossas raízes brasileiras.
Os alunos apresentaram junto à Banda do Guinle uma adaptação do conto africano "O Macaco e o Tamborinho". A peça rendeu muitos aplausos e a os meninos da Banda empolgaram a galera com o toque especial da percussão.





 

Ainda mais sobre o tema....A Semente que veio da África

Um dos livros mais explorados com o tema desenvolvido foi "A Semente que veio da África". Os alunos ficaram encantados com os mistérios que envolvem o Baobá.
E por isso, pensaram por que não ter o Baobá para a escola???



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bonecas Africanas.

As bonecas na África
Segundo alguns estudos, o povo Mfengu, que habita na África do Sul, tem como tradição dar a cada jovem uma boneca. Com o passar do tempo, esta menina deve reservar o presente para o primeiro filho que tiver. Após o nascimento do seu filho, a mãe recebe outra boneca para oferecer ao seu segundo filho.


Para aproveitar mais sobre o tema das bonecas, vamos conferir aqui mais uma dica da Incentivadora Chris e seus alunos :



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O tempero da Diversidade

O tempero da diversidade faz toda diferença  (Viviane Duarte)

Este pequeno conto abaixo é uma boa dica de leitura para os professores  explorarem o tema do respeito e aceitação das diferenças entre os homens.Após contarem a história muitos aspectos podem ser explorados!





Um ratinho branco encontra um grilo preto que nasceu sem asas.
Eles se tornam grandes amigos. Conheça o início dessa amizade.
—E das minhas asas, que é que você acha ?
—Quer saber ? Eu nem noto mais isso. Acho que você é formidável.
—Obrigado.
—Sua casa é aí ?
—É. Moro aqui há muito tempo. E você onde mora ?
—Logo ali. Não é longe. Quer ir até lá ?
—Gostaria, mas você sabe, ando muito devagar e ...
—Mas eu não tenho pressa. Poderíamos conversar ...
—Você gosta de conversar ?
—Se gosto. Gosto muito mesmo. E você ?
—Gosto, mas converso pouco. Quase não tenho amigos. Esse meu defeito...
—Não pense nisso. Você gostaria de Ter um rato branco como amigo?
—Adoraria.
—Muito bem ! Olhe para mim. Já somos amigos. Agora vamos.
E foi assim que um ratinho branco e um grilo preto e sem asas tornaram – se amigos. Caminhavam lentamente sobre a relva, e o sol, que já descia no céu, cobria com seus raios de luz os amigos aquecidos pelo afeto que brotava em seus corações.
Conversaram muito, e nessa conversa foram compreendendo e aceitando a realidade de cada um. É maravilhosa a amizade quando aceitamos o outro como ele é.( Maria Armanda Capelão - Coleção Marcha Criança – 3ª série)

Questões para serem exploradas:Somos todos iguais...
1- Como você é? Faça sua descrição?
2- Você gosta de como você é? Por que?
3- Como é seu melhor amigo? Descreva-o? Por que você gosta dele?
4- Você tem algum amigo ou parente com características muito diferentes das suas ? O que sente por essa pessoa?
5 - Você acredita que o mundo poderia ser interessante se todas as pessoas fossem iguais?


                                                                                                                            Fabricia França




terça-feira, 2 de novembro de 2010

E por falar em Africanidades...

A Incentivadora da Palavra - Chris - da Escola Municipal Manoel João Gonçalves, presenteou seus alunos com a história Bruna e a galinha d'Angola.






Trata-se da história de uma menina, neta de africana, que recebe de presente uma galinha d'angola, um símbolo africano. A partir desse evento, muitas descobertas  são feitas.A autora fala de forma prazerosa sobre a criação do mundo e sentimentos importantes como  a amizade.


Aqui  podemos conferir algumas das atividades realizadas através da história pelos alunos da Professora Chris:










Para refletir: Poesia

A inocência de uma criança faz  da infância a melhor fase da vida para que sejam explorados valores  e sentimentos positivos.
Nenhuma criança nasce preconceituosa, mas pode aprender a ser com os adultos.


Pesquisando mais sobre Africanidade, encontrei este belo poema escrito por uma criança africana. É um texto questionador, podendo ser utilizado para abrir discussões com os alunos nas salas de aula.
                                                                                                                                 Fabrícia França

Quando eu nasço, sou preto
Quando eu cresço, sou preto
Quando eu fico no sol, sou preto
Quando eu tenho medo, sou preto
Quando eu estou doente, sou preto
E quando eu morro, continuo sendo preto
E você, cara branco?
Quando você nasce, você é rosa
Quando você cresce, você é branco
Quando você fica no sol, você é vermelho
Quando você fica no frio, você é azul
Quando você tem medo, você é amarelo
Quando você fica doente, você é verde
Quando você morre, você é cinza
E você ainda vem me chamar "de cor"??

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Em A Semente que veio da África, Heloísa Pires, Georges Gneka e Mario Lemos apresentam  para o leitor histórias que falam da árvore símbolo do continente africano  - o Baobá. a árvore da sabedoria e também aquela de onde se colhem histórias.

É um livro que oferece aos leitores o privilégio de uma conversa agradável com a irmã África.Véronique Tadjo, responsável pelas ilustraçãoes, foi capaz de revelar como muita expressividade a essência e a beleza do continente africano.

No trabalho em sala de aula, o professor terá a oportunidade de contar para seus alunos mais sobre a cultura africana, ressaltando os mistérios que carregam essa árvore...

No Brasil tem Baobá:
Ficheiro:Baoba no Passeio Publico em Fortaleza.jpgFicheiro:Baobá panoramico1.JPG
Baobá no passeio público em Fortaleza e Rio de Janeiro.
                                                                                                                                   Fabrícia França

sábado, 30 de outubro de 2010

Menina Bonita e o Menino Marrom

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

O texto de Ana Maria Machado explora com muita beleza o tema da diversidade étnica, estimulando valores como o respeito e a auto estima.
Um coelhinho bem branquinho faz de tudo para ficar pretinho como aquela menina do laço de fita que ele acha linda.Mas, ele não sabe como a menina herdou aquela cor.
Muitas atividades podem ser realizadas com esta obra nas salas de aula e oficinas:
Na Educação infantil:
- Desenhar: Pedir para os alunos desenharem a família da Menina Bonita do Laço de Fita e sua família.
- Perguntar para os alunos com quem eles se parecem.Logo após, construir um cartaz coletivo com fotos de pessoas de diferentes etnias.
-Construção de Boneca Bonita do Laço de Fita ( aproveitar sugestão da boneca Encontro de Incentivadores).

Últimos anos das séries iniciais:
- Discussão sobre o conceito de "beleza".
- Conversa sobre a contribuição dos diferentes povos na formação do povo brasileiro, e sobretudo as heranças deixadas pelos africanos.
-Explorar o artigo I da Declaração Universal do Direitos Humanos com Construção de cartazes(em papel cartão, cartolina) para ilustrar o que compreendem sobre igualdade em relação ao tema.

A história de Ziraldo fala da amizade entre dois meninos: um marrom e outro cor de rosa ( negro e branco).O livro trata o tema da diversidade étnica de maneira encantadora, estimulando a formação de novos olhares sobre as diferenças, promovendo a "desconstrução' do preconceito e a valorização da identidade das etnias.
Quem quiser saber mais: http://ziraldo.blogtv.uol.com.br/2009/11/18/contando-historias-com-o-menino-marrom
                                                                                                                                   Fabrícia França




O trabalho de Incentivo à Palavra e a Lei 10639/03





Dois dos maiores desafios para a aplicação da Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura afrobrasileira no currículo, são o escasso material disponível e o pouco conhecimento dos educadores sobre o tema.

Trabalhar com crianças pequenas questões etnicos-raciais e culturais deve ser considerado um importante passo na formação de futuros cidadãos críticos, capazes de respeitar as diferenças entre os homens,e que superem a antiga classificação cultura superior e inferior.

Nas próximas postagens, estarei compartilhando alguns caminhos para a seleção e leitura de obras com esta temática que podem ser exploradas nas salas de aula.

Fabrícia França















quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Peça utilizada no 5º Encontro dos Incentivadores da Palavra Bumba meu boi

Personagens:

1 – Catirina

2 – Chico

3 - Capataz

4 – Coroné

5 – Pajé

6 – Boi com alguém dentro

7 – Professores cantando

Catirina: - Ai! Bem que desejo! Que desejo!

Chico: - Desejo de que mulher de Deus?

Catirina: - Desejo de comer língua de boi.

Chico: Língua de boi?!

Catirina: - É Chico, língua de boi. Cortadinha, cozidinha com batatas. Mas não pode ser

Qualquer boi não viu! Tem que ser boi que saiba cantar, dançar e prosear.

Chico: Mas que desejo descabido! Aonde eu vou arrumar um boi desse?

Catirina: AH! Chico dá se um jeito. Nosso menino não pode nascer com a cara de

Língua de boi não.

Pausa para uma música

Chico mata o boi e arranca a língua dele.

Chega o capataz: - coroné! - Coroné!

Coroné: - Ta gritando por que seu cabra?

Capataz: - mataram o boi do senhor!

Coroné: - Mas, como ocê não viu quem fez isso! Não quero nem conversa. Quero meu boi! Traga quem fez isso com meu boi!

Capataz sai e volta com o Chico e Catirina: - Anda seus miseráveis!

Chico: - Mas não fui eu quem matei seu boi não.

Capataz: - Foi você sim e vai ter que explicar tudo pra o doutor coroné.

Capataz: Taí coroné o cara que matou seu boi e a rapariga grávida.

Catirina: - Eu nem estou grávida isso é barriga d’água

Capataz: - tá grávida sim!

... E esse cabra matou seu boi para dar a essa rapariga prenha comer. É mole!

Chico: - Eu sei um jeito de ressuscitar seu boi.

Coroné: olha

Chico: Tem um pajé lá na floresta que pode ressuscitar seu boi.

Patrão: - Então vá imediatamente!

E você vá com eles. E não volte aqui sem esse pajé!

Coroné fica falando sozinho.

Músicas tocando e o pajé entrando

Pajé: Espíritos da natureza:

Terra, fogo, água, ar

- reviva !

- reviva !

-reviva !

Música e o boi se levantando.

Coroné: - meu boizinho ta vivo!!

Vamos festejar!

Música:

Olha o boi cara pintada

Olha o boi de mamão

Tem cara amarrada

Mas não pega não

Da cabeça até os pés ele é de papelão

Da cabeça até os pés ele é de papelão